O aprender e brincar é o tesouro inegociável da infância.O tempo de ser criança é, por excelência, o tempo da descoberta. É uma fase mágica, marcada pela curiosidade insaciável e por uma energia que parece inesgotável. Contudo, essa fase vai muito além da leveza percebida pelos adultos. A infância é um período crucial de desenvolvimento, e é por isso que o binômio aprender e brincar não é apenas um desejo, mas um direito fundamental e inegociável de toda criança.
Reconhecido em documentos internacionais vitais, como a Convenção sobre os Direitos da Criança (adotada pela ONU em 1989), o direito de brincar (Artigo 31) está lado a lado com o direito à educação (Artigo 28).
Essa paridade legal não é coincidência, mas sim o reconhecimento de uma verdade científica e humana: aprender e brincar são faces da mesma moeda no universo infantil.
No Brasil, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reforçam essa garantia, estabelecendo que a criança e adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade, e isso inclui a oportunidade de brincar, praticar esportes e divertir-se.
1. O Brincar como veículo de aprendizagem
Muitas vezes, a sociedade adulta tende a encarar o brincar como uma mera atividade lúdica ou um passatempo. Essa visão superficial ignora o papel central do jogo e da brincadeira no desenvolvimento integral da criança — nas esferas cognitiva, social, emocional e física.
Aprender e brincar são os maiores tesouros que a infância pode ter.
1.2 O Brincar é pesquisa e experimentação
Ao construir um castelo de blocos, a criança não está apenas se divertindo; ela está explorando conceitos de física, equilíbrio e geometria. Assim, ao encenar uma história com bonecos, ela desenvolve a linguagem, a narrativa e a empatia, colocando-se no lugar do outro. Pois, o brincar é o laboratório da infância, onde as hipóteses sobre o mundo são testadas em um ambiente seguro e de livre expressão.
É o exercício da criatividade e da solução de problemas, O aprender e brincar é o tesouro inegociável da infância.
1.3 O Brincar é socialização e regras
Em jogos coletivos, as crianças aprendem a negociar, a compartilhar, a esperar à vez e a lidar com a frustração da perda, habilidades sociais e emocionais que são a base para a vida em comunidade.
O aprender e brincar é o tesouro inegociável da infância e é causa para ser garantido.
Dessa forma, o brincar livre, aquele não dirigido pelo adulto, é especialmente potente, pois permite à criança tomar decisões, liderar e seguir, desenvolvendo a autonomia e o senso de responsabilidade.
2. O Aprendizado que respeita o tempo da infância
O direito de aprender, por sua vez, transcende a simples aquisição de conteúdo acadêmico. Ele engloba a garantia de um ambiente escolar e familiar que estimule o desenvolvimento pleno das capacidades e da personalidade da criança, promovendo o respeito aos direitos humanos, à paz e à tolerância.
O aprender e brincar é o tesouro inegociável da infância!
Atualmente, observa-se uma pressão social e curricular para a antecipação de conteúdos e para uma performance escolar cada vez mais precoce. Essa adultização da infância, que rouba tempo do brincar, pode ser prejudicial.
Portanto, a neurociência e a pedagogia moderna reforçam que a aprendizagem mais eficaz na primeira infância ocorre de forma lúdica e experiencial.
O aprender e brincar é um tesouro inestimável da infância e deve ser assegurado.
Assim, uma criança forçada a passar longas horas em atividades passivas ou excessivamente estruturadas perde a chance de consolidar o conhecimento de forma significativa e duradoura, que é direito de aprender e brincar.
Descobrir e se divertir são os maiores presentes que a infância pode oferecer.
2.1 Desafios e responsabilidades
Apesar das garantias legais, a realidade para milhões de crianças em todo o mundo, e também no Brasil, está distante do ideal. Como a falta de segurança, a precariedade de espaços públicos de lazer, a desnutrição e a violência.
Como também, em casos extremos, o trabalho infantil, são violações brutais que roubam o tempo de aprender e, tragicamente, o tempo de brincar.
O direito de brincar não se restringe a quem tem acesso a brinquedos caros ou a grandes parques.
Esse, deve ser garantido em todos os ambientes, incluindo bairros periféricos e comunidades vulneráveis, onde a carência de espaços seguros e de qualidade é mais evidente.
Dessa forma, o aprender e brincar é o tesouro inegociável da infância e aprendizando para uma vida inteira.
3. É dever de todos
As famílias, educadores, governos e a sociedade civil – assegurar que esses direitos sejam plenamente realizados. Logo, para os pais e responsáveis, isso significa reservar tempo para interagir e permitir o brincar livre.
Por outro lado, para os educadores, significa incorporar metodologias ativas e lúdicas no processo de ensino. Para o poder público, significa investir em educação de qualidade desde a primeira infância.
Assim, garantindo escolas e creches que valorizem o brincar, além de criar e manter espaços públicos seguros e acessíveis para o lazer.
Portanto, garantir que toda criança possa aprender e brincar não é apenas cumprir a lei, é um investimento no futuro porque o aprender e brincar é o tesouro inegociável da infância.
Pois, crianças que brincam e aprendem de forma saudável e integral se tornam adultos mais criativos, resilientes, empáticos e capazes de construir uma sociedade mais justa e equitativa.
3.1 Brincadeiras
O riso leve de uma criança brincando é, portanto, o som mais potente de uma sociedade que funciona bem e que prioriza seu bem mais precioso, que é o potencial de uma criança de aprender e brincar.
Aprender e brincar são os maiores tesouros que uma criança pode ter na infância.
Não podemos nos calar diante da violação desses direitos. É preciso defender, em todos os espaços e a todo tempo, que o direito de aprender e brincar é o tesouro inegociável de toda criança.